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Projeto do Sesc MS preserva memória cultural de Mato Grosso do Sul e fortalece identidade local

01/10/2024 - 11:15

O projeto Territórios de Memória e Patrimônio, executado pela unidade do Sesc Lageado tem a finalidade de conectar a comunidade com suas raízes culturais, reforçando a importância da educação patrimonial e incentivando a reflexão sobre a memória social e a construção de identidades. Ao longo de 2024, ele foi trabalhado de diversas maneiras, sob a coordenação do professor Fabrício Machado, envolvendo os alunos do Sesc Lageado e, também, levando para fora da unidade a importância do sentimento de pertencimento e resgate das tradições regionais.

Exposição 'Olhares do Lageado'

Abrindo as ações do projeto, a exposição fotográfica "Olhares do Lageado" trouxe à tona a história e a identidade cultural da comunidade do bairro Lageado. A mostra, realizada inicialmente no Shopping Norte Sul Plaza, foi organizada com as fotografias dos alunos do Sesc Lageado, sob a orientação do fotógrafo Roberto Higa, renomado por seu trabalho documental. Após a exibição no shopping, a exposição foi transferida para a Escola Municipal Tomaz Ghirardelli, onde ficou em cartaz durante o mês de junho, recebendo mais de 2.500 visitantes, entre alunos e moradores da região.

As fotografias capturaram tanto aspectos históricos quanto olhares contemporâneos, com contribuições dos próprios moradores, oferecendo um panorama visual que reforça o sentimento de pertencimento e o valor da memória coletiva.

Ciclo de Cinema Regional

Outra ação do projeto foi realizada nos meses de junho e julho, o Ciclo de Cinema Regional, mediado pela equipe da TransCine - Cinema em Trânsito. A atividade proporcionou aos alunos da Escola Estadual Zélia Quevedo Chaves e Sesc Escola Horto uma verdadeira imersão cultural. O ciclo exibiu filmes que abordaram temas fundamentais para a cultura local e a memória social, estimulando debates sobre questões contemporâneas.

Após as sessões, os alunos participaram de uma atividade criativa de produção de Flip Books, aprendendo a usar a linguagem da animação como ferramenta de expressão.

Atividades lúdicas

Em junho, aconteceu a Contação de Histórias Regionais que buscou resgatar as narrativas tradicionais de Mato Grosso do Sul. A atividade reuniu alunos da Escola Municipal Tomaz Ghirardelli, que tiveram a oportunidade de ouvir histórias carregadas de memórias locais.

Comandada pela escritora e contadora de histórias Gleycielli Nonato, autora do livro "Vila Pequena - causos, contos e lorotas", a contação permitiu que os participantes se conectassem com as raízes culturais de forma lúdica e envolvente. Gleycielli, uma voz ativa na valorização da literatura indígena e da resistência cultural, trouxe seu vasto conhecimento sobre os povos do Pantanal, com destaque para o povo Guató, o qual faz parte, tornando o evento uma experiência enriquecedora para todos os presentes.

Mapa Cultural de Campo Grande

Atualmente, o projeto está em fase de mapeamento, por meio de uma pesquisa conduzida em parceria com escolas municipais das sete regiões de Campo Grande. O resultado será um mapa interativo com realidade aumentada, que servirá como uma ferramenta inovadora para divulgar e valorizar os patrimônios culturais da cidade, integrando tecnologia e tradição de maneira única.

Oficinas artísticas

Entre as ações previstas estão as oficinas artísticas de música e dança, focadas no Siriri, uma manifestação cultural tradicional de Corumbá. Com a presença de artistas regionais, os alunos do Sesc Lageado terão a chance de aprender diretamente com mestres dessa expressão artística, preservando e revivendo o folclore regional.

Para o coordenador do projeto, “as ações realizadas por meio do Territórios de Memória e Patrimônio têm um impacto profundo na cultura local e nos esforços globais para um futuro mais sustentável. Ao promover a educação patrimonial e a inclusão social, o projeto se alinha com diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, e são o começo de uma jornada que visa transformar vidas e fortalecer identidades por meio da cultura”, concluiu Fabrício.

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