A influência das telas no dia a dia de crianças e adolescentes
O uso de telas, como smartphones, tablets, computadores e televisões, se tornou uma parte comum do dia a dia de crianças e adolescentes em todo o mundo. Embora a tecnologia tenha trazido muitos benefícios para a sociedade, seu uso excessivo pode ter consequências negativas para a saúde física e mental das crianças e adolescentes.
Para a coordenadora do Sesc Escola Horto, Arlete de Fátima Tavares, o uso das telas para crianças e adolescentes tem vários benefícios quando aliado, principalmente, ao aprendizado, proporcionando maior facilidade no acesso às novas informações.
Além disso, é uma excelente ferramenta de entretenimento, quando utilizadas com moderação. Outro ponto positivo é a capacidade de aproximar e estreitar vínculos com a família e amigos através de plataformas como as redes sociais.
No entanto, uma das preocupações mais comuns é devido ao uso excessivo das telas no dia a dia, o que pode causar diversos impactos negativos na saúde física e mental.
“O excesso do uso de telas pode provocar, dentre outros problemas, atraso no desenvolvimento da linguagem e na habilidade social, imediatismo, não desenvolver a criatividade, além dos problemas na saúde física por conta do sedentarismo, entre outros problemas”, destaca Arlete.
Outro grande impacto é na saúde ocular. A exposição prolongada às telas pode causar fadiga ocular, visão embaçada, olhos secos e dores de cabeça. Além disso, a luz azul emitida pode prejudicar a qualidade do sono, especialmente se as crianças e adolescentes usarem seus dispositivos eletrônicos antes de dormir.
Como citado por Arlete, o uso excessivo de telas também pode levar a uma vida sedentária, o que pode aumentar o risco de obesidade e problemas de saúde relacionados.
“Quando as crianças e adolescentes passam muito tempo em frente a telas, eles têm menos tempo para se envolver em atividades físicas, brincar ao ar livre e socializar com amigos e familiares”, pontua.
O impacto negativo na saúde mental das crianças e adolescentes é outro problema recorrente. Muitos estudos sugerem que o uso prolongado de telas pode levar a problemas de ansiedade, depressão e isolamento social. As redes sociais, em particular, podem ser uma fonte de estresse e ansiedade, especialmente quando enfrentam pressão para se encaixar e serem aceitos.
Segundo Arlete, para ajudar a mitigar esses efeitos negativos, os pais devem limitar o tempo de tela de seus filhos e incentivar a participação em atividades físicas, leitura de livros, jogos de tabuleiro e atividades ao ar livre.
Alguns especialistas recomendam que a idade adequada para o uso de celular é a partir dos 8 anos, limitando o tempo de uso por uma hora diária, sempre com a supervisão de um adulto. Crianças de 2 a 7 anos também devem ter o tempo limitado de exposição a televisão e videogames, de, no máximo, duas horas, sempre com o monitoramento dos responsáveis.
“É importante também incentivar as crianças a terem tempo de qualidade com a família e amigos, primeiramente, dando o exemplo, além de promover conversas abertas sobre como usar a tecnologia de forma saudável e consciente”, ressalta.
Em resumo, o uso das telas tem muitos benefícios, se utilizado de forma equilibrada, como ferramenta de aprendizado. Porém, o uso excessivo delas pode ter consequências negativas para a saúde física e mental das crianças e adolescentes.
“É fundamental que os pais estejam atentos ao tempo que seus filhos passam em frente a telas e promovam um equilíbrio saudável entre o uso de tecnologia e outras atividades importantes para a saúde e bem-estar geral”, conclui.